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O autor adverte que o conteúdo dos textos a seguir pode ser de origem real, imaginária ou onírica. Logo, em se tratando de semelhanças com o cotidiano, os mesmos podem distorcê-lo em intensidade e veracidade dos fatos.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Amor, sem saber

Lembra de quando a gente se amava sem saber?
Era tão bom
Eu não entendia o teu olhar bobo
Você não compreendia o meu sorriso frouxo
E tudo dava tão certo
Eu te abraçava e não ligava pro teu coração disparado
E você também não ligava pro meu
Acho que a gente não pensava nisso
Se é que a gente pensava em alguma coisa
De olhos fechados a mente fica tão quieta
Tão completa
Eu ali
Deslizando o meu rosto sobre o teu
Sentindo os cantos da tua boca
E fugindo às vezes, só pra te provocar
Pra ver com os olhos semiabertos o teu riso
E rir contigo
Na despedida ensaiava um desprezo tolo
Que a gente sabia que era mentira
Mas era gostoso terminar assim
Chegada a noite, eu ficava olhando o telefone
Sabendo que você estaria fazendo a mesma coisa
Só esperando uma mensagem
Uma conversa à toa
Pra não me tirar do teu dia
Antes que a saudade batesse
Sem querer
E te fizesse ceder ao desespero
Não aguentando mais brincar daquilo
Porque no final você sabe
Por mais que a gente se gostasse
E por mais que a gente não se amasse
A gente se amava
Mesmo sem saber.

Caio Sereno.

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