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Aviso

O autor adverte que o conteúdo dos textos a seguir pode ser de origem real, imaginária ou onírica. Logo, em se tratando de semelhanças com o cotidiano, os mesmos podem distorcê-lo em intensidade e veracidade dos fatos.

domingo, 25 de setembro de 2011

Terminal


Meu temor vem da morte. Claro que temo
Partir sem ao menos ter alguma resposta,
Se os que a mim juraram tal amor extremo
Em vida, chorarão sobre a matéria decomposta.

domingo, 18 de setembro de 2011

Menina

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Menina faceira, menina bobeira,
Como queria tua vida para mim.
Ver que viver é uma brincadeira
E que a bondade há de haver sim.

sábado, 10 de setembro de 2011

Quisera eu

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Quisera eu ter sido infeliz.
Só assim não me prenderia
Aos sorrisos que tive um dia,
Às memórias escritas a giz.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Quando acontece

      O dia raiou e nada acontecia. Estava no mesmo lugar, passando pelos mesmos segundos, abrindo os olhos e enxergando a mesma paisagem, planejando meus atos, já sabendo que são sempre os mesmos. Nada aconteceu. Entretanto algo pesava o meu corpo, ou minha alma. Eu encontrava-me em imenso desequilíbrio, como se estivesse tendendo a um lado da minha existência, louco para se libertar. A angústia deste sentimento permaneceu em muitos de meus dias. Eu tornei-me um ser muito calado, incluso, decifrando a mensagem tão penetrante por trás disso tudo, sem saber o que fazer, o que dizer, a quem procurar. Sentia-me como se houvesse uma voz ao pé do ouvido, a cochichar a coisa mais importante do mundo, e que eu teria que me isolar de todo o resto para dar total atenção à ela, usufruindo assim de tamanha sabedoria. Só que, ainda que eu me esforçasse, de lá nunca saía nada. Enquanto isso, nada acontecia.