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Aviso

O autor adverte que o conteúdo dos textos a seguir pode ser de origem real, imaginária ou onírica. Logo, em se tratando de semelhanças com o cotidiano, os mesmos podem distorcê-lo em intensidade e veracidade dos fatos.

sábado, 28 de setembro de 2013

Logo ali

Que moço malandro
É esse chegando
Quase vem sambando
No seu caminhar
O seu olhar continua
A deixar-me tão nua
Que me faz encabular
Foi se aproximando
Eu a arrepiar
Já foi me tocando
Num acariciar
E em tudo que ele disse
Pudera incluísse
Que era o seu lugar
Logo ali, logo ali
Logo ali, ai, o meu guri logo ali
Logo ali, eu e meu guri

sábado, 21 de setembro de 2013

terça-feira, 10 de setembro de 2013

O outro lado da porta

Atrás da porta
No recanto escuro
O cheiro da volúpia tenra me enebria
E me extasia
Controla o meu corpo
Como marionete
Que se intromete
Sem nem saber o porquê
Entrelaçando as vontades
As realidades
Tão próximas e orgânicas
Que derramo o sumo da minha vida
Sobre o sumo da tua
E sumimos numa coisa só
Algo sujo e repugnante
Em ebulição constante
Mas que insiste em deitar na madeira fria
Ao rodapé da porta
Como quem pisa na fronteira do pecado
Querendo arder no fogo
Do teu corpo
Sofrer na tortura
Dos teus vestidos
Um eterno calafrio
Dos teus sussurros
Concedendo a permissão
Do nosso desejo inrustido
De se aventurar no desconhecido
Lá, do outro lado da porta
Onde a luz não entra
Por ter medo de se apaixonar.

Caio Sereno.