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Aviso

O autor adverte que o conteúdo dos textos a seguir pode ser de origem real, imaginária ou onírica. Logo, em se tratando de semelhanças com o cotidiano, os mesmos podem distorcê-lo em intensidade e veracidade dos fatos.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Carta de Despedida

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      Ah, o grande adeus... Como pode, de forma tão breve, abandonar os filhos seus?
      Não importa quanto tempo ficamos. Um, dez, inesquecíveis serão esses anos... Você ficará. Eis o grande problema: nós é que vamos.
      Estamos acostumados com a sua grandeza. Como és grande, uma fortaleza! De guerreiros e soldados, que acumulam conhecimento, sua maior riqueza. Ah, que tristeza...
      Há de ser a despedida mais bela. Amparado pela luz do Sol eu olho na janela. E vejo em todos o futuro desta pátria verde-amarela! Na índústria, na escola e até, quem sabe, na tele-novela.
      E a multidão vem sorrindo, pulando e se abraçando... Vejo as lágrimas caindo. Pausa para a foto, o fotógrafo já vem vindo. Que fique marcado esse momento. Um novo mundo, desafiador, mas que é lindo, exclama aos que estão presentes: Sejam bem-vindos!
      Mas as lembranças em minha mente... As várias fotos que já tenho guardadas, nada será suficiente. Nossa relação não é coerente. O meu alívio de deixar-te é só aparente. Ah... Que amor é esse que somente a gente sente?
      E não importa onde eu esteja, nem se o momento é oportuno. Logo as boas e doces lembranças em minha mente eu reúno. E percebo que o que nós temos é um sentimento uno, que nos fará gritar ao céu, eu sou mesmo um Bacharel e que fui, sou e sempre serei do Colégio Pedro II um eterno aluno.
Tudo ao Pedro II!

Caio Sereno.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Soldados

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E de súbito acabam com a minha utopia,
Essa minha vontade, que única, só quis
Fazer revelar dos meus medos a fobia
De voltar todo dia, mas não já tão feliz.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Pacote

(texto extraído do livro Comédias Brasileiras de Verão)
                                                                    Luis Fernando Veríssimo

“     A primeira coisa que José viu em Aline foi o lábio inferior. Aproximou-se dela e puxou conversa atraído pelo lábio inferior. Era um lábio inferior carnudo e sensual. Protuberante e provocante. José se apaixonou pelo lábio inferior de Aline. Tanto que, pouco depois de vê-lo pela primeira vez, pediu o lábio inferior de Aline em casamento. Queria o lábio inferior de Aline só para ele. Durante a cerimônia de casamento, não despregou os olhos do lábio inferior de aline. Pensando no prazer e na felicidade que seria ter aquele lábio inferior ao seu lado pelo resto da vida. Mas todo lábio inferior é ele e sua circunstância.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Força Maior

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Quando se faz bem poesias, um soneto ou poema
Logo fica-se encucado: "como é dura a estrutura!"
Formação, a tal da métrica, cheio de estratagemas
Vai surgindo um esquema. Problema, texto loucura.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Memória Seletiva

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Esta noite sonhei com uns versos perfeitos,
A ponto de serem os mais belos já vistos.
Rimados e afinados, não tinham defeitos,
E de minha mente dei-lhes vida, escritos.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Soneto de Adeus

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Sozinha ao relento viajas tranquila,
Porém teu sossego eu quebro ligeiro.
Provoco-te e mando-te falar camomila,
Camões e amiga, para o riso certeiro.

domingo, 28 de novembro de 2010

Amplitude de Onda

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O naufrágio da tua presença em meus dias
Joga-me ao mar, onde afogado, eu reflito,
E imerso nas águas, o calor que continhas
Em mim, de eterno, acaba-se em finito.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Treze dias

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Como podes ficar de repente tão calma?
Se a dor de meu peito tu exalas agora,
Se a ti eu fui corpo e nunca a alma,
Se por ti fui um mundo e então vou embora.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Eu escrevo…

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Eu escrevo para ver meus sentidos calados, feridos, em transe com os versos.
Eu escrevo para serem esquecidos amores perdidos, um beijo indevido e casos diversos.
Eu escrevo para ser um bandido, roubar uns gemidos, dizeres sabidos, falando o inverso.
Eu escrevo para ser bem ouvido, por ti repetido, um sol sustenido, percorrendo universos.
Eu escrevo para ser entendido, pois incompreendido, um subtraído, eu sou controverso.
Eu escrevo para ser divertido, rimar bem fluído, um poema distraído, com finais dispersos.
Eu escrevo para ser comedido, malquerido, escondido, indefinido e perverso.
Eu escrevo pois estou perdido, um anjo caído, cândido e atrevido, feliz e traído, neste mundo adverso.
Eu escrevo… E você ?

Caio Sereno.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Sem título

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Não esperes que eu diga palavras concretas.
Meu discurso é confuso, intrigante e apático,
Qualidade inerente, bem comum aos poetas,
Que de forma indiscreta sempre ficam dramáticos.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Amor Primeiro

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Debruço-me à mesa tentando expurgar
Palavras berrantes presentes em mim
Que exclamam um passado e o seu relembrar
E que me fazem louco pensando no fim.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

domingo, 19 de setembro de 2010

Supersaturado

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Encantaram-me os átomos, ciência divina,
Fazendo até com que eu perca os meus sonos
A pensar como é rica e brilhante a platina
E a linda e formosa geometria dos carbonos.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Lucidez

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Bem longe encontrei essa ebriedade
E ligeiro invadiu minha boca indolente
Palavras arrastavam-se rumo à verdades,
Mas de lá só saía um discurso demente.

sábado, 31 de julho de 2010

Um Acordo

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Não venhas com sede de algo impossível
A morte, a vida, são segredos guardados.
Meu poder restringe-se ao todo sensível,
Pedidos incríveis não serão consumados.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Persiana

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E em um grosseiro e malcriado puxar
Em pedaços arrebento minha persiana.
Uma fúria voante vira logo um xingar,
Pois de vida não teve nem uma semana.

domingo, 25 de julho de 2010

Divino Desafeto

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De início eu fiquei até um pouco apático,
Fruto do estrondo que a realidade causou.
Enxergando-me como um cego e lunático,
Fruto da paixão que em mim você atentou.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Afeto Pagão

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Se o teu feliz viver me enternece,
Tua indiferença a mim muito aflige,
Pois teu sorriso é o que me apetece
A seguir a trilha na qual tua vida se dirige.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Alegre Pureza do Céu

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Nas nuvens que circundam o velho mundo
Vigio teus atos por toda a minha existência.
Porém minha cobiça, um desejo profundo,
É ser um humano, não só na aparência.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Código Roxo

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De volta ao espaço, o passado retorna.
Com ele conservo na mente um lume.
Distinto e enérgico, ele roxo se torna, 
Ruidoso e ligeiro ele atinge seu cume.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Súbita Física


Ainda que a distração seja alucinante,
Um algo complexo que prenda a atenção,
No meu pensamento persistes constante,
Por todo instante, completa atração.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Néscio

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Prazer...
Meu nome é Néscio...
E eu sou um idiota...
E essas reticências retratam bem isso...
Já que elas escondem tudo aquilo que não foi dito e que não sei  mesmo se devia...
Talvez eu devesse ter sido mais corajoso... 
Talvez por ímpeto eu descobrisse a tua afeição...
E você, em silêncio, escutaria o teu coração...
Porém, iluminado pelo brilho dos olhos teus e regado pela lascívia que exala a tua presença em mim, fui conduzido a um caminho que me molestou por uma eternidade, que apesar de limitada, fez-se presente, e vem trazendo à tona meu lúgubre, porém desejado passado...
Talvez você devesse ter sido mais transparente...
Ou será que em meio a tamanho êxtase eu acabei me esquecendo do irrefutável, o essencial? Foi como se uma força maior me encarcerasse, negando-me a vontade dos teus lábios, que era eminente...
(Estúpido! Tolo! Parvo! Imbecil. Porque não me deixaste ir ao encontro da felicidade? Porque não me deste o impulso que eu precisava? ...)
Mas... Há de ser tamanho martírio uma ferida mal sanada? Ou é o almejo por ti que renasce e floresce em meio ao jardim desocupado? ....
Se o tempo há de dizer....
Se o meu eu, consciente, responderá...
Só sei que maluco, vou cometendo meus erros...
Quem sabe esse seja meu jeito de amar...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ultrarromântico

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Caso ainda não saibas, a sua mudez,
Em mim alimenta um grande mistério
Se mesmo te quero, te amo? Talvez…
E nessa incerteza, rio sem critério.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Lua, resenha tua

Lua

O Sol estrondoso, que um dia cegara
Os olhos de vidas, martírio infinito
No horizonte agora, esconde sua cara
E no grande palco, se torna um mito.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Vida de Pirata

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Velejava nos mares de sombria existência
Tempestades, furacões, um caminho absoluto
Onde a luz era mito e o frio procedência
Da profunda decadência de um viver irresoluto.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Código Vermelho – Parte 2

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Bailava com as trevas, ao som de suas lástimas
Lesando o seu coração, que vestia trajes de aço
Sucumbia à tristeza, que enchia-lhe de lágrimas
Achava frio e desnecessário, todo tipo de abraço

sábado, 2 de janeiro de 2010

Código Vermelho

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Durante um cochilo, desperto assustado
E avisto a luz que reflete no espelho
Revela-se o mal que eu tenho esperado
Não há evasiva, é o código vermelho