sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Amor Primeiro
Debruço-me à mesa tentando expurgar
Palavras berrantes presentes em mim
Que exclamam um passado e o seu relembrar
E que me fazem louco pensando no fim.
Meus dias de ouro aqui vão se esvaindo
As horas vão se atravessando em segundos.
E ainda que o adeus eu o faça sorrindo,
Por dentro sou dores, amargores profundos.
Não é com remorsos que deixo este teto,
E nem com desejo dos algos que não fiz.
Se hoje, de saberes, eu me vejo repleto
É porque nesses anos fui teu aprendiz.
Porém meu recanto é o teu doce afago,
As tuas estrelas, teu orvalho, teu hino.
São coisas da mente que eu não apago.
São coisas da gente que eu não suprimo.
De uma forma tão brusca deixaste-me aqui,
Desvalido e sozinho, um total moribundo.
Mas com todo o saber que contigo aprendi
Eu perco a ti mas conquisto o mundo.
Caio Sereno.
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Olá!
ResponderExcluirQue sincero poema e muito bom ;)
Achei entre as linhas muita coisa haver comigo também,isso é emocionante.
Que apesar de que mesmo sendo deixado temos que deixar esse amor primeiro e ir adiante pois o mundo segue constantemente,outros amores logo vem...(Não sei se foi isso o que você quis expressar, mas foi o que compreendi XD)
Desculpe se não venho quase por aqui, não estou com tempo para vir diariamente e comentar, mas dessa vez comentei. =D
Boa Noite.
Bjos.
Belíssimo depoimento, caio.
ResponderExcluirEu falei isso pra uma turma dia desses: a gente sai do Pedro II mas o Pedro II não sai da gente.
Perfeito. O cp2 vai estar sempre com a gente!
ResponderExcluirOWNNN *-*
ResponderExcluiracaba comigo Caio!
Olá Caio,
ResponderExcluirquanta sensibilidade! Parabéns!
Eu sou mãe da Bruna e da Beatriz do 3º ano do Meio Ambiente e já estamos, todos, sentindo a falta que esse Colégio nos fará. Mas, uma vez Pedro II... para sempre Pedro II! A ele tudo!!!
Abraços, Tania.
Cara, eu adoro esse seu poema! Sempre que o leio me emociono.
ResponderExcluirTraduz não só os seus sentimentos para com o colégio mas os de todo ex-aluno :')
Caio, este poema é maravilhoso. Como a Vanessa, também me emociono toda vez em que o leio. Eu o tenho impresso, guardado em minha carteira, para reler, reler, reler. Um grande abraço!
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