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Aviso

O autor adverte que o conteúdo dos textos a seguir pode ser de origem real, imaginária ou onírica. Logo, em se tratando de semelhanças com o cotidiano, os mesmos podem distorcê-lo em intensidade e veracidade dos fatos.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Pontos de Interrogação

Por quê?

Por que eu exijo tanto de mim a todo tempo? Se fico a pensar sobre um futuro aparentemente definido, ele se esconde nas sombras pois a minha incerteza o joga ali. Pois que ele fica recluso, mas atento, com medo de que na escuridão possam tocar-lhe, olhar-lhe, sentir-lhe. Talvez seja este o motivo das minhas constantes noites de insônia, que apesar de contarem com a rapidez de um trovão dos meus pensamentos, acabam por resultar no silêncio do nada… nada mais que a velha dúvida de sempre.

Por quê?

Que faço eu a seguir um caminho puro e simplesmente por egoísmo? Quando falo em ser egoísta não o digo com os mais próximos. O mundo vai muito além das coisas que giram em torno de mim. Enquanto eu escrevo essas linhas pessoas são condenadas a viver uma vida condenada à morte. A malícia prevalece sobre a essência do viver verdadeiro, a partir do momento em que o “ser” se descobre “humano”. E ao fazer-se assim ele se vê detentor da capacidade de passar por essas terras sem quaisqueres preocupações, vazio, com propósitos artificiais.

Por quê?

Toda criança tem de crescer? O universo é grande demais para se guiar somente por uma estrela. Entretanto, não se pode ser aventureiro para sempre. Um dia isso acaba. Ainda que por vontade contrária, a necessidade de achar uma constelação para admirar é inevitável...
Eu abraço o mundo futuro. E que dê certo, porque caso não dê, não será o seu fim. Estrelas nascem e morrer todos os dias. E mesmo assim, o céu nunca deixou de ser tão lindo.

Caio Sereno.

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