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O autor adverte que o conteúdo dos textos a seguir pode ser de origem real, imaginária ou onírica. Logo, em se tratando de semelhanças com o cotidiano, os mesmos podem distorcê-lo em intensidade e veracidade dos fatos.

domingo, 25 de setembro de 2011

Terminal


Meu temor vem da morte. Claro que temo
Partir sem ao menos ter alguma resposta,
Se os que a mim juraram tal amor extremo
Em vida, chorarão sobre a matéria decomposta.

Será que despertarei em almas desconhecidas
O sentimento da saudade até então dissimulado?
Será que para sempre causarei tamanhas feridas
Em almas já destruídas pelo vazio do banco ao lado?

Estou bem ciente de que não mais poderei pensar,
No resultado de uma história que já tem final traçado,
Mas por favor, entenda, não foi minha intenção causar
A dor de despertar e não ter mais alguém tão amado.

Nesses instantes finais em que parto ao inexplorado,
Peço que entendam que o eterno descanso é preciso,
Pois só assim morrerei com a ideia de um passado
Que se resume nas tuas faces envoltas por um sorriso.

Caio Sereno.

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