Que belo é o sopro do qual te libertas,
Preenche a secura do povo descrente.
Poeta, teu canto invade minha mente
E faz-me enxergar que a beleza por trás
Do discreto, do incerto, tudo que existe
Há de ganhar vida e roubar teu lirismo,
Dominar-te por versos, impôr o fascismo
Por ter que rimares palavras e a paz
Que existia em teu mundo vai à ruínas,
Desabas em meio à pressão do soneto.
Não surge a prosa nem mesmo quartetos
E tu vais descobrindo que és incapaz
De entender esta vida por outro caminho,
E que será sempre escravo da ortografia,
Tentando, quem sabe, escrever um dia
Um poema que não parecia ter fim.
Caio Sereno.
Muito bom, retrata coisas desse nosso universo poético! =D
ResponderExcluirAbraço!Boa Noite!