Estradas só terminam em ruas sem saída,
Nelas, meu bem, o amor hão de atropelar,
Pois não é na eternidade que se vive a vida.
Um dia a nossa escolha irá nos vitimar.
Por que então fingir que já somos amantes,
Quando nem mesmo sei se um dia irei amar?
Por que serias tu como não foste antes,
Se não há tempo certo para se curar?
Tento fazer teu cheiro um pensamento findo,
Não quero mais sentir essa desolação.
Mas sei que essa história de partir sorrindo
Só deixará mais clara a minha desilusão.
Agora ao mesmo tempo que a comodidade
Reside em mim em plena apropriação,
Por dentro uma angústia vê dificuldade
Em decidir se ainda eu te almejo ou não.
Caio Sereno.
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