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O autor adverte que o conteúdo dos textos a seguir pode ser de origem real, imaginária ou onírica. Logo, em se tratando de semelhanças com o cotidiano, os mesmos podem distorcê-lo em intensidade e veracidade dos fatos.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Seu porquê

Ouço o teu discurso de censura
Cheio de arguições
E revelo o meu outro lado
Certo de ser loucura
Alguém pensar como você
Me afasto mais uma vez
Como tanto já fiz de você
Chego até a estranhar o que há tanto eu sinto
Transformo a minha saudade em medo
Te dizendo nada sobre tudo
Mesmo que sobre mim
Te pedindo um apoio silencioso
Mesmo que você não queira assim
Te amando ainda que se esvaia a vontade
Que eu sei não ter fim
Assim, eu finjo estar inteiro
E preservo os teus sorrisos
Já tão escassos
Porque pode até não parecer
Mas eu só quero ser feliz também
Melhor ainda se estamos de bem
Sabia?
Às vezes parece que você esquece
Que a gente se parece
Sem ao menos querer
E eu me vejo ofendido e não acho ser tão parecido
Quando estou bem próximo a ti
E agradeço por estar só
Ando preferindo a companhia do espelho
Ele sabe da minha alegria
E até sorri de volta para mim
Calado
Porque a sua semelhança acolhedora
Foi tudo o que você não me cedeu
E você aí
Cheio de arguições
Sempre se perguntando
O porquê de eu ser o que eu quis.

Caio Sereno.

Um comentário:

  1. Olá, como vai e quanto tempo?
    O poema ao meu entender trata de uma temática de alguém que se vê indignado perante uma situação. No caso seria de não receber de alguém o que lhe é dado. Como uma relação que não tem reciprocidade. É como algo que não se vê horizontes, pois determinados sentimentos ocultam isso.
    Talvez eu tenha entendido de outra forma, afinal pode ter várias interpretações, mas que tratou diretamente do assunto. Que bom que você retornou ao blog! Fico feliz com isso :D

    Abraços e uma boa tarde!

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