sexta-feira, 11 de junho de 2010
Alegre Pureza do Céu
Nas nuvens que circundam o velho mundo
Vigio teus atos por toda a minha existência.
Porém minha cobiça, um desejo profundo,
É ser um humano, não só na aparência.
Sentir ser um nada, nada além de um nada,
Somente atirando umas flechas de amor,
Transforma o futuro em janela embaçada
Que clama teus beijos, tuas mãos, teu calor.
E é nessa tortura que eu choro ao sereno,
Sabendo que estás com um outro ao teu lado.
Imagem que em mim se converte em veneno,
Pois eu sei que por mim isso foi provocado.
Remorso! Presente nessa amplidão azulada,
Causou em meu peito uma dor insondável.
E os tiros, disparados por mente asnada,
Distinguem o que sou, um alguém miserável.
Esqueça esse tal que reside ao teu lado,
Perceba a beleza do céu que acima existe.
Que, impecável, reflete o ardor de um pecado,
Agregado à vontade, que por ti em mim resiste.
Talvez, por acaso, eu esteja bem mais perto.
Tão perto que teus olhos não vêem nos meus
Que ao vê-la eles deliram! E mostram-se incertos.
Mas é medo de mostrar que são somente seus.
Caio Sereno.
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que lindo Cacaroto, descreveu o seu sentimento minimamente de um jeito admirável. ficou lindo, mesmo.
ResponderExcluirps: eu ri quando li o "sereno", bobeira.. mas tive que falar rs