quinta-feira, 1 de março de 2012
Rosa minha
Eu ouvia um sopro da terra arraigada
Quando aos ouvidos sussurrava sozinha
Que aquela flor formosa e perfumada
Haveria de ser minha rosa, a rosa minha.
E as palavras no seu discurso verdejante
Iam criando ramos em meu peito esgotado,
Já sabido da tua amarga natureza constante,
Que desperta e enfeita por tempo tão limitado.
Mas o vento nunca acariciou tuas formas,
Nem as folhas contemplaram tuas cores.
Será que os céus quebraram suas normas
E trouxeram à Terra a mais linda das flores?
Pois nunca se viu tanta luz em uma rosa,
Que nos faz acreditar existir de verdade
Uma semente capaz de ser tão fabulosa
A ponto de nutrir-se somente de felicidade.
Mesmo com tantos corações para prender
As tuas raízes, vejas bem o que aconteceu.
Com todos estes ares pelo mundo a correr
A tua pétala voou e veio de encontro ao meu.
Caio Sereno.
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