E teimo, martelo, reviro do avesso,
Tento encontrar um resto de brasa
Que antes havia por aquela casa
E que hoje parece não ter endereço.
O tempo levou minha inspiração,
Nem mais poesias a ti te dedico.
Hoje encarando papéis é que fico
A ver que os versos deixaram minha mão.
Sem nem perceber esvaiu-se o vazio
E assim fiz de outro cenário meu lar,
Mas meu coração prosseguia em buscar
Nosso antigo afeto, tão vivo e luzidio.
Foram-se os anos e vi que comigo
O que na verdade de ti me restou
É tudo aquilo que fez o que eu sou,
E todos aqueles que chamo de amigo.
Caio Sereno.
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