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O autor adverte que o conteúdo dos textos a seguir pode ser de origem real, imaginária ou onírica. Logo, em se tratando de semelhanças com o cotidiano, os mesmos podem distorcê-lo em intensidade e veracidade dos fatos.

terça-feira, 31 de julho de 2012

O que me restou

terceirao

E teimo, martelo, reviro do avesso,
Tento encontrar um resto de brasa
Que antes havia por aquela casa
E que hoje parece não ter endereço.

O tempo levou minha inspiração,
Nem mais poesias a ti te dedico.
Hoje encarando papéis é que fico
A ver que os versos deixaram minha mão.

Sem nem perceber esvaiu-se o vazio
E assim fiz de outro cenário meu lar,
Mas meu coração prosseguia em buscar
Nosso antigo afeto, tão vivo e luzidio.

Foram-se os anos e vi que comigo
O que na verdade de ti me restou
É tudo aquilo que fez o que eu sou,
E todos aqueles que chamo de amigo.

Caio Sereno.

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