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O autor adverte que o conteúdo dos textos a seguir pode ser de origem real, imaginária ou onírica. Logo, em se tratando de semelhanças com o cotidiano, os mesmos podem distorcê-lo em intensidade e veracidade dos fatos.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Meu porquê

Ouço o teu discurso pacífico
Cheio de interrogações
E recolho o meu desagrado
Achando que é loucura
Alguém pensar como eu
Me reinvento mais uma vez
Como tanto já fiz por você
Chego até a falar coisas que não acredito
Transformo o meu cansaço em compreensão
Te dizendo sim a tudo
Menos a mim
Te pedindo perdão por nada
Menos por mim
Te amando mesmo que seja verdade
Menos para mim
Assim eu amacio o teu travesseiro
E preservo os teus sonhos
Já tão escassos
Porque pode até não parecer
Mas eu só quero o teu bem
Pois ele faz parte do meu também
Sabia?
Às vezes penso que você esquece
E me esquece
Sem nem perceber
E eu me sinto culpado e fico irado
Por estar tão próximo de ti
E me sentir tão só
Ando preferindo a companhia do espelho
Ele sabe da minha tristeza
E até fica triste também
Calado
Porque às vezes o silêncio dele
É a melhor resposta para o meu.
E você aí
Cheio de interrogações
Nunca se perguntou
O porquê de eu estar sempre infeliz.

Caio Sereno.

Um comentário:

  1. E porque há mais poesia na tristeza, que se deixe a lágrima rolar!

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