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Aviso

O autor adverte que o conteúdo dos textos a seguir pode ser de origem real, imaginária ou onírica. Logo, em se tratando de semelhanças com o cotidiano, os mesmos podem distorcê-lo em intensidade e veracidade dos fatos.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Mensagem

Quero fugir do teu porto
Sem deixar mensagem
E por qualquer bobagem
Esquecer tua imagem
Quando a saudade vem

E também pra me curar
Da tua vaidade brava
Que desapega da minha entrega
E carrega tudo o que eu gostava

Quero lembrar do teu porto
Feito cocaína
Que logo me ilumina
Enaltece e leva à ruína
Quando a saudade vem

E nos acasos vastos
Do teu abraço
Me sentir um trouxa que se descarta
E se rasga em mais de mil pedaços

Quero não mais ser quem conduz
As tuas respostas
Pra ver se gostas
De se sentir na bosta
Quando a saudade vem

Quero ser a infeliz
Memória intempestiva
De um adeus vazio
Sem nenhum esboço
Ou expectativa

Desculpas e razões
Com histórias eloquentes
Que me atiçam
A ser um bobo
Mas nem tentes

Caio Sereno.

Inspirado na música “Tatuagem”, de Chico Buarque de Hollanda.

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