À noite, a luz celeste acomoda-me em doce pranto,
Este servo da existência que perdeu um fragmento
Só jurando a eternidade do amor mas que entretanto
Resultou na vastidão da tua perda e seus lamentos.
Fora um conto, fantasia! A perfeição na plenitude.
Nossos risos permanentes encharcavam a estadia
Desse pobre amável homem que só tinha uma virtude
De querer teu coração, teu corpo e alma todo dia.
Ah, judiado destino. Por que fizeste com que a vida
Se tornasse esta melancolia, esta dor já sem sentido,
Este lembrar já contorcido da mulher e sua despedida?
Ah, glorioso passado. Por que incomodas tendo já ido?
Saibas que não é mais o querido, pois eis que sofrida
Minha mente, querida, não aguenta mais esse amor bandido.
Caio Sereno.
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