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O autor adverte que o conteúdo dos textos a seguir pode ser de origem real, imaginária ou onírica. Logo, em se tratando de semelhanças com o cotidiano, os mesmos podem distorcê-lo em intensidade e veracidade dos fatos.

domingo, 24 de abril de 2011

O Catador

Catador_de_papel

O canto da minha boca guarda o teu jogo felino,
Que arranha em minh’alma esta dúvida constante.
Se a pureza de teus gestos tem um fundo genuíno,
Ou se mesmo tu estás a ver-me então o teu amante.

E com a sede que se apossa incessante busco a ti
Procurando igual olhar contemplante e distraído.
Mas que pena, nem a tua despedida perdido eu vi,
Pois pensava que sem mim tu jamais terias partido.

Não entendo este silêncio que sempre me contagia
Toda vez que eu me encontro ao teu lado a pensar,
E por pensar, imóvel eu fico a declarar-te poesia
Que fiz, para ti um dia, refletindo o meu penar.

Vê, morena volúpia, quão maravilhados são os ditos
Meus que tão fácil palpitam na folha já desgastada.
Vê, suave veneno, se não importas deixarei escritos
Uns versos em que te peço que sejas a minha amada.

Caio Sereno.

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