Durmo acalentado pelo sereno e vejo que já é tarde para relembrar o passado. Tomo o meu banho e, pensativo, assisto um filme passar na mente, um momento já casual. Agora é meu corpo todo que estranha essa rotina tresloucada, só que agora regrada em leis que ainda não me adaptei por inteiro. O Sol voltou a ser o mesmo… Ah, se voltou… Só que agora ele ferve a minha cabeça querendo desgastá-la, enfraquecê-la, desviar os pensamentos tristes, antes que a mãe Lua venha dar o esperado sossego, e assim provocar no vazio desejado a plenitude da lembrança.
O mundo das sombras não mais me atormenta. Já me conformei com a presença desse fantasma que me acompanha. Parece que quando quero me afastar desse mundo por um instante, e mergulhar na fantasia mais alegre que alguém poderia sonhar, um mesmo lugar sempre há de surgir. A água não leva do corpo o que alma não quer se livrar. Por isso ainda sinto esse peso em meu peito, como alguém que perde as forças e desmorona sobre o piso.
As minhas roupas lisas e sem conteúdo não transmitem o ser que me habita. Posso vestir mil cores e ainda assim me sentir preto e branco. E por saber que nunca mais sentirei em pele aquele branco amarelado e o azul já desbotado, penso que nenhuma roupa mais há de me tirar essa nudez constante.
Ah, o meu corpo… Que saudades o arrebatam! Que falta lhe faz o fardo que tanto carregou. Que falta lhe faz o peso dos livros que tanto aguentou. Que falta lhe faz o calor insuportável. Insuportavelmente ele amou tudo isso.
Eis que pelas andanças do sono, após reavivar mais uma vez esses instantes da minha vida, ponho-me a chorar e sozinho volto aos mesmos questionamentos: Por que este velho mundo ainda se mostra recente? Há um jeito de te esquecer? Ou ter tudo na memória e ainda assim não chorar e se arrepender? As coisas ainda estão muito recentes... Sigo a juntar cacos de um paraíso destruído . Foi algo tão rápido, e há de ser sempre.
E sem saber o que fazer, prosseguirei escrevendo sobre coisas que não tem resposta:
Saberás dizer-me onde encontrarei igual amor profundo?
Saberás dizer-me onde encontrarei igual lar segundo?
Só não quero é ficar sem mais viver meu velho mundo…
As minhas roupas lisas e sem conteúdo não transmitem o ser que me habita. Posso vestir mil cores e ainda assim me sentir preto e branco. E por saber que nunca mais sentirei em pele aquele branco amarelado e o azul já desbotado, penso que nenhuma roupa mais há de me tirar essa nudez constante.
Ah, o meu corpo… Que saudades o arrebatam! Que falta lhe faz o fardo que tanto carregou. Que falta lhe faz o peso dos livros que tanto aguentou. Que falta lhe faz o calor insuportável. Insuportavelmente ele amou tudo isso.
Eis que pelas andanças do sono, após reavivar mais uma vez esses instantes da minha vida, ponho-me a chorar e sozinho volto aos mesmos questionamentos: Por que este velho mundo ainda se mostra recente? Há um jeito de te esquecer? Ou ter tudo na memória e ainda assim não chorar e se arrepender? As coisas ainda estão muito recentes... Sigo a juntar cacos de um paraíso destruído . Foi algo tão rápido, e há de ser sempre.
E sem saber o que fazer, prosseguirei escrevendo sobre coisas que não tem resposta:
Saberás dizer-me onde encontrarei igual amor profundo?
Saberás dizer-me onde encontrarei igual lar segundo?
Só não quero é ficar sem mais viver meu velho mundo…
Caio Sereno.
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