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O autor adverte que o conteúdo dos textos a seguir pode ser de origem real, imaginária ou onírica. Logo, em se tratando de semelhanças com o cotidiano, os mesmos podem distorcê-lo em intensidade e veracidade dos fatos.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O mito do amor

Tantos foram os gestos, suaves pequenos,
Tantos foram os risos, abertos marcantes,
Tantas foram em dores, sedutores venenos,
Tantas foram em prazeres, insanas amantes.

Imploro para que retornem lágrimas caídas,
Dúvidas contidas e pensamentos discretos,
Pois que são o caminho das paixões perdidas,
Das tantas despedidas, de tantos desafetos.

Já não lembro o gosto da boca molhada,
Ou a gola marcada pela cor dos beijos teus.
Nem mais tenho comigo a voz arrastada,
Ou os olhos sinceros que dizem ser meus.

Vivo em plena solitude, numa seca de Sertão,
Piso em terras áridas que insistem em dizer
Que a vida é pecado sem chance de perdão,
Que o destino é imutável e que hei de sofrer.

Mas eu não desisto na busca do amor meu,
Ainda derrotarei o mito do amor, eu bem sei.
E assim terei o anjo que a vida me concedeu
E que um dia me amará tanto quanto já amei.

Caio Sereno.

Um comentário:

  1. Essa busca é aquele tipo que não se cansamos, a busca pelo amor parece ser muitas vezes árdua, mas também nos leva a ter em nós esperanças e muitas ainda que sejam ingênuas. Esse poema retrata tanta coisa a respeito do amor, que enxergo nos versos tamanha beleza e delicadeza em descrever esse sentimento que tanto inspira...Lindas palavras como sempre!

    Um Ótimo Sábado...ficou legal o layout do blog!^^
    Bjos!

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