Se um dia me disseres
Que há muito me queres
E só pensa em mim
E que não há pessoa
Que a ti será boa
E te faça de festim,
Eu te direi “desprenda,
Não és a legenda
Do meu mandarim.”
Mas vendo a tua graça
Refletir na vidraça
Hesitarei em dar um fim.
E deixarei na vontade
Tua lascividade
Toda presa na cruz.
E te farei ansiosa, expor
Que a sua vida não sou eu quem conduz.
Mas, sendo teu ouvinte
Percebo o seguinte:
”Tudo há de ter fim.”
Que seja uma noitada,
Dias, anos ou nada,
Será bom até ser ruim.
Caio Sereno.
Inspirado na música “Folhetim”, de Chico Buarque de Hollanda.
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