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O autor adverte que o conteúdo dos textos a seguir pode ser de origem real, imaginária ou onírica. Logo, em se tratando de semelhanças com o cotidiano, os mesmos podem distorcê-lo em intensidade e veracidade dos fatos.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Me iludes tão bem

Sou cheio de falhas,
Talvez o maior canalha
Que esse mundo já viu.
Despretensioso,
Preencho o teu gozo,
Destilo algumas palavras bonitas,
Alguns versos decorados,
Te deixo febril.
Mas contigo, irrelevante
Ser esse farsante,
Esse falso amante,
Quando já te amo também.
Me iludes tão bem.

Abuso do desleixo
Pra inverter teus eixos
E fazer você desapegar.
Medroso,
Fico todo receoso,
Ensaio uma desculpa tola,
Mantenho firme uma postura boba
E te faço chorar.
Mas contigo, irrelevante,
Passo as noites de agonizantes
Sonos e sonhos distantes,
Pois só te quero bem.
Me iludes tão bem.

E você, de partida,
Cava a minha ferida
Que eu nem conheço a dor.
Deprimido,
Quando já tiveres saído,
Trancarei meus pensamentos
Em qualquer canto da mente
Onde não habite o amor.
E sem ti, irrelevante
Viverei cada instante
Como se fosse importante
Uma vida sem ninguém.
Me iludes tão bem.

Caio Sereno.

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