Assopra as feridas, assopra
Escarra o teu veneno sobre a minha dor
Faz do escárnio teu palco
Faz do desprezo um afago
No teu discurso sem sabor.
Grita teu grito, maldito
Se apossa dessa falsa realeza
Aponta o teu dedo em riste
Aponta o meu semblante triste
E disfarce todo o teu frescor.
E prepara um espanto, mal santo
Que o mundo tem ginga pra rodar
Não mais vive uma criança medrosa
Hoje quem te encara é uma corajosa
Doida pra te exorcisar.
Caio Sereno.
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