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O autor adverte que o conteúdo dos textos a seguir pode ser de origem real, imaginária ou onírica. Logo, em se tratando de semelhanças com o cotidiano, os mesmos podem distorcê-lo em intensidade e veracidade dos fatos.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Cheia de juventude

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Teus braços envoltos em mim num retrato
Gravavam em papel tua maneira expansiva,
E ainda que eu olhasse e olhasse, de fato
Recordar-me contigo era uma falha tentativa.

Mas nada eu perderia se acaso ocupasses
Uns instantes poucos desse meu dia pacato,
Habituado com sereno e ausência de impasses,
Buscando a todo sempre uma vida de gaiato.

Essa minha monotonia encontrou assim em ti
A fuga necessária para mostrar minha loucura
Que vivia enclausurada dos tempos que extraí
De minha mente, onde o medo não mais perdura.

À tua inconstância e aos teus vícios temporários
Acostumei-me e já não ligo ao que venha aparecer.
Mas o que sei é da certeza da existência do armário,
No fundo deste cenário quando tua face eu puder ver.

E ainda que afirme a todo o tempo o que é sabido,
Que a tua beleza é inegável, ainda há quem pense
Que és desequilibrada, pois no futebol teu preferido
Veste o verde, o grená e o branco. Maldito Fluminense!

E eu que já tanto presenciei, mesmo estando distante,
Os teus risos, o teu choro, tuas várias fases diversas,
Lamento a falta da menina que já se faz tão importante
Quando os dias anoitecem e acabam sem uma conversa.

Acredite em minhas palavras quando faço um elogio,
Ao dizer que és esplêndida, apesar dos probleminhas,
Que o mundo sem tua presença ficaria um tanto vazio,
E meu rosto sem os sorrisos que a boca então tinha.

Caio Sereno.

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